Acontecimentos que levaram a Primeira Guerra Mundial
Introdução
Em meados de 1911, a guerra já era eminente e algumas contribuições foram de suma importância para que de fato acontecesse.
Duas tensões contribuíram para esse acirramento das tensões internacionais: A Crise de Marrocos e A Crise Balcânica.
A Crise de Marrocos
Marrocos em 1905 era um país semibárbaro controlado por um sultão, que despertou o interesse da França e Inglaterra, justamente por ser um país enfraquecido e oprimido politicamente e importante ponto estratégico para as potências mundiais. Localizado ao norte da África, ficava em frente da Península Ibérica e a sul do Estreito de Gibraltar (dominado pela Espanha e Inglaterra), controlando a passagem do Oceano Atlântico para o Mar Mediterrâneo.
Uma colônia pertencente, primeiramente, a França fez acordos com a Inglaterra que possibilitou que essa potência exigisse seus direitos sobre Marrocos. Em 1898, a França e a Inglaterra entraram em conflito pelos territórios do Egito e Sudão, optaram então por um acordo, a França ficaria com Marrocos e a Inglaterra oficialmente com o Egito e Sudão.
Esses acordos que envolviam a Grã-Bretanha, França e por vezes a Espanha, fez com que a Alemanha se sentisse excluída da partilha imperialista, uma vez que, até sua entrada e saída do país era controlada.
Em 31 de março de 1905, o Kaiser Alemão Guilherme II fez uma visita à Tanger em Marrocos. Fez pronunciamentos sobre a independência marroquina, já tentada por grupos tribais liderados por ideias reformistas e ocidentalistas do Sultão Abd al-Aziz. Esses comentários iam contra a autoridade francesa, gerando conflitos por novos domínios territoriais africanos. Para evitar uma guerra, o governo da França cedeu à Alemanha uma considerável parte do Congo.
Crise Balcânica
Localizada o sudeste da Europa, a Península Balcânica sofria pela disputa territorial travada pelo nacionalismo da Sérvia (apoiada pela Rússia) e pelo expansionismo da Áustria (apoiado pela Alemanha). Em 1908, a Áustria anexou a Bósnia-Herzegovina, indo contra aos interesses da Sérvia, que pretendia incorporar essas regiões, habitadas por eslavos, criando a Grande Sérvia.
Essa incorporação gerou a revolta de grupos nacionalistas da Sérvia contra a Bósnia-Herzegovina.
O Estopim da Guerra
Em 28 de junho de 1914, Francisco Ferdinando, arquiduque e herdeiro do Império Austro-Húngaro, por volta de 10 horas, saiu do acampamento militar Philipovic após uma revista. Em uma comitiva de sete carros, partiu à Prefeitura para uma recepção formal. Um jovem grupo bósnio anarquista preparou um atentado no caminho, mal sucedido, ferindo outros membros da comitiva. Após a recepção, Francisco Ferdinando e sua esposa Sofia, foram ao hospital para acompanhar o estado de saúde dos oficiais feridos durante o ataque. No momento, Gavrilo Princip, membro do grupo anarquista bósnio que ajudara no atentado mais cedo, havia saído para comprar comida. Viu então, o carro de Ferdinand estacionado em frente ao hospital, disparou um tiro que atravessou o carro e atingiu Sofia no abdômen e um segundo que atingiu o pescoço do arquiduque.
O assassinato de Francisco Ferdinando provocou uma reação militar da Áustria contra a Sérvia. Devido as alianças políticas, outras nações entraram nesse conflito, mais conhecido como Primeira Guerra Mundial.